Observação:
– Avaliação Ecográfica do 1º Trimeste
a) Idade Gestacional ecográfica,
b) Marcadores ecográficos (Translucência da Nuca, Ductus, Osso Nasal, Frequência Cardíaca)
c) Cálculo de Risco para aneuploidias (Trissomia 21, Trissomia 13 e Trissomia 18)
Observação:
Avaliação da Morfologia Fetal,
Despiste de malformações fetais,
Avaliação do bem estar fetal, líquido Amniótico e Placenta
Observação:
– Avaliação do Crescimento
A Endometriose significa a presença do tecido Endometrial fora do seu local normal que é a cavidade uterina, isto é, o Endométrio.
Pode estar localizado em vários locais tanto na região pélvica (forma mais vulgar) como exta-pélvica (formas raras).
A sintomatologia é típica: Dor com o período menstrual (Dismenorreia), dor durante a defecação (Disquézia), dor a urinar (Disúria) e é uma das principais causas de Infertilidade.
A Endometriose está estreitamente ligada à Adenomiose, isto é, presença do tecido Endometrial nas paredes do Útero (Miométrio) e que no seu conjunto constitui uma das principais causas de Dismenorreia, Menorragia (hemorragia exagerada durante o período menstrual) e Infertilidade.
Há praticamente três tipos de lesões Endometriósicas a nível pélvico:
– Quistos Endometriósicos Ováricos,
– Lesões peritoneais superficiais,
– Localizações de Endometriose Profunda (Nódulos Adenomióticos).
A TVS 3D (Sonda Transvaginal) é hoje considerada como a técnica de 1ª linha para o diagnóstico de Endometriose Pélvica não só pela sua capacidade diagnóstica, custo efectivo e também pela boa aceitação da paciente.
A sensibilidade do método aumenta significativamente quando o exame é realizado por um operador Ultrasonografista muito experimentado.
O grande objectivo do diagnóstico com alta sensibilidade é proporcionar ao Cirurgião a localização das lesões de Endometriose nos diversos orgãos pélvicos (Bexiga, Ovários, Útero, L.U.Sagrados, Vagina, Septo Recto-Vaginal, Recto e Sigmoide).
A sensibilidade e especificidade da TVS no diagnóstico da Endometriose Grave é cerca de 80 -90% e 95 %. Realmente a TVS é um bom teste no acesso à Endometriose moderada a grave o que facilita na triagem das pacientes que necessitam de Cirurgia.
A capacidade diagnóstica da TVS na Endometriose pélvica aumenta significativamente se pusermos em prática métodos de auxílio à técnica.
1 – Combinar a TVS com exame bimanual principalmente nos casos de Endometriose profunda “Rectrocervical”, Rectal, Sigmoide e da Bexiga,
2 – Preparação intestinal (Microclíster) 1 hora antes do Exame. Permite uma melhor visualização do Septo R-V, Recto e Sigmoide principalmente da camada muscular do Intestino,
3 – Em relação aos focos profundos da Endometriose Rectal e Sigmoide é necessário calcular a distância que estes focos estão em relação ao bordo anal, o tamanho, a localização em relação à Serosa e muscular e à profundidade da lesão (lesão infiltrativa) de modo a que o Cirurgião planeie a intervenção cirúrgica.
4- Diferenciação do Operador no exame para pesquisa de Endometriose
Tem-se observado em diversos trabalhos relacionados com a suspeita de Endometriose previamente diagnosticadas por sonda Transvaginal 3D, que existe uma diferença significativa no diagnóstico em relação, com Ecografistas muito experimentados e com grande dedicação a esta Patologia e outros gurpos de Ecografistas menos experimentados neste diagnóstico.
Pode-se concluír que a TVS tem grande capacidade no diagnóstico de Endometriose profunda e que a capacidade diagnóstica está dependente da experiência do Operador e do tamanho do Nódulo Adenomiótico
– Endometriose da Bexiga
A bexiga deverá ser avaliada em moderado estado de replecção e os Focos de Endometriose são Nódulos Adenomióticos intra-vesicais com áreas quísticas dentro do Nódulo.
– Endometriose dos Ligamentos Útero-Sagrados e torus uterinos, normalmente traduzem a existência de Nódulos Adenomióticos a envolver estas estruturas.
– Endometriose do Intestino (Recto e Sigmoide) a sensibilidade diagnóstica com Sonda 3D TVS é alta e anda à volta de 95 – 98 %, contudo é necessário lembrar esta percentagem pode diminuir se a lesão é pequena.
– Endometriose da Vagina e do Septo Recto-Vaginal. O envolvimento do Septo R-V isoladamente é raro. Normalmente o envolvimento do Septo R-V é secundário a Nódulo Adenomiótico originário no Recto ou estruturas vizinhas.
É necessário assim dar respostas conclusivas do ponto de vista Ecográfico ao Cirurgião e à própria paciente.
De facto o cirurgião deverá saber pré-operatóriamente a (1) localização da lesão, (2) o seu tamanho, (3) a relação com os diversos “orgãos alvo” como Recto, Recto/Sigmoide, Ligamentos Útero-Sagrados, Septo R-V, Vagina, F.S.Douglas.
Observação:
Fibrose Pós-Cirúrgica da camada muscular do Recto com ± 37/8 mm em 3D/2D
Observação:
Foco de Endometriose Profundo do Recto a cerca de 10 cm do bordo anal em 3D / 2D
A Adenomiose é uma Patologia ginecológica caracterizada pela presença em pleno Miométrio (parede do Útero) de Glândulas Endometriais e Estroma associada a Hiperplasia das fibras musculares, isto é, presença de Endométrio ao nível das paredes uterinas.
A Etiologia é desconhecida contudo tem-se observado uma associação estreita entre a Adenomiose e a Subfertilidade e Endometriose o que nos leva a considerar o papel importante da linha juncional Endometrial. (JZ) (que é a fronteira entre a cavidade uterina e as suas paredes – Miométrio).
Do ponto de vista Ecográfico esta linha observa-se com Sonda Vaginal 3D de forma nítida e representando a fronteira entre o Miométrio e o Endométrio.
Esta linha juncional parece ter papel relevante na função reprodutora e que perante a sua ruptura poderá comprometer estas duas funções:
– Transporte espermático;
– Implantação Embrionária
Em termos Ecográficos verificamos que existem vários padrões de Adenomiose o que está de acordo com a sua definição Clínica. De facto a Adenomiose não é uma doença uniforme, mas representa um espectro de lesões.
1. Adenomiose Quística – Presença de formações quísticas em pleno Miométrio;
2. Adenomiose Nodular – Presença de Nódulos Adenomióticos de limites imprecisos, avasculares (o que faz muitas vezes o diagnóstico diferencial com Nódulos de Mioma);
3. Adenomiose Miometrial Esclerosante – Miométrio de aspecto fibrótico aderente à própria Serosa e ao Endométrio, provocando alterações significativas na morfologia da Cavidade Uterina e do próprio Corpo Uterino.
Presença de formações quísticas e inclusões fibróticas no Miométrio formando do ponto de vista ecográfico um Miométrio muito heterogéneo.